sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cinquenta Tons de Cinza - Erika Leonard James

Anastasia Steele é uma jovem de 21 anos cativante: graduanda em literatura, é fã de Jane Austen e das irmãs Bronte. Romântica por natureza, não é de beijar qualquer carinha, e continua virgem, esperando que o "homem certo" apareça.

Isto até ela se oferecer para entrevistar o multimilionário Christian Grey, de 26 anos, no lugar de sua amiga Kate, que está doente. 

Anastacia, ou Ana - como gosta de ser chamada pelos íntimos, se apaixona perdidamente por este homem misterioso, cheio de segredos, de personalidade única, que acaba cedendo aos desejos dela - mas em seus próprios termos.

O livro tem muitas cenas eróticas, até aí tudo bem. Mas quando descobrimos que Grey é um daqueles caras sadomasoquistas, com quarto da dor e direito a contratinho entre "Dominante e Submissa", a história começa a ficar bastante chocante.

Eu sou romântica por natureza e sempre digo que meu mundo é cor de rosa. Kate é objetiva, direta e incisiva, quase como preto no branco. Já o mundo de Anastacia tem "cinquenta tons de cinza". E eu não duvido nada que ela tenha adquirido esta perspectiva após conhecer Grey.

Muitas vezes o livro se resumiu para mim à palavra compaixão. Ana é uma personagem tão encantadora, que quando a vemos apanhando ou "sendo castigada" por Grey, temos vontade de cuidar dela, como uma pequena menina.

Até onde iríamos por uma paixão? Até que ponto uma pessoa se submeteria a alguém?

Eu fico sinceramente assustada ao ler um livro em que uma pessoa, por livre espontânea vontade, deixa ser castigada para agradar uma paixão.

Isto porque no país em que vivemos, as estatísticas nos mostram que, a cada dia, 5.760 mulheres são espancadas no Brasil. É, imagine se isso vira moda..

Editora: Intrínseca
Preço Médio: R$39,90

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